Segundo dados da Aneel (maio/2024), 99% das usinas solares em Geração Distribuída é em microgeração (até 75 kW) e em 82% destas, a geração de energia é na própria unidade consumidora, ou seja, utilizam a rede para exportar a energia produzida em excesso.
Alguns teimam em dizer que a energia exportada regressa a fonte geradora no período em que não há geração (noturno em se tratando de solar). Afirmam, de forma equivocada, pois a rede não tem capacidade ou função de armazenamento da energia. A verdade é que a energia exportada é consumida instantaneamente pelas demais unidades consumidoras próximas da fonte geradora.
Diga-se de passagem, que a energia exportada é emprestada sem custo algum, sem correção e vale por 60 meses. A condição é que, quando haja necessidade no período de tempo de validade, ela possa ser devolvida na mesma quantidade emprestada. O modelo é perfeito e justo em se tratando de geração junto a carga ou consumo.
Quanto a energia consumida a noite pela fonte geradora, ela é proveniente de outras fontes (em sua grande maioria hídrica ou eólica). É por isso que a unidade consumidora continua pagando o custo de disponibilidade e a demanda contratada (custo da infraestrutura) como qualquer outra.
Quanto aos modelos de geração remota ou distante da carga — que utilizam a rede para transporte de créditos de energia — como a geração compartilhada e o autoconsumo remoto, essas modalidades representam 0,3% e 17% das usinas com GD ou 3% e 22% da potência total instalada.
Para essas duas modalidades entendemos que a rede deve ser remunerada pelo transporte dos créditos de energia.
Outro dado que merece destaque é que a potência média das usinas solares em GD é de 11 kW (29 GW dividido por 2,6 milhões de usinas). Destas, mais de 50% têm até 5 kW de potência.
Esses números demonstram de forma inequívoca que a Geração Distribuída não é coisa de rico ou de empoderados como alguns espalhadores de fake News ou desconhecedores da verdade andam divulgando.
Para finalizar, quanto aos subsídios da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), vale informar que os R$ 15 bilhões de subsídios recebidos pela GD até o momento, não chegam nem perto dos R$ 49 bilhões de subsídios das fontes incentivadas e dos R$ 95 bilhões de subsídios dos combustíveis fósseis.
Contra a verdade não há argumentos!!!
Por: Daniel Lima- Presidente Associação Nordestina de Energia Solar- ANESOLAR
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