“Aquele mito de que energia solar é coisa de rico caiu por terra”, diz presidente da Absolar

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Rodrigo Sauaia destaca o crescimento do setor no Brasil, que chegou ao top 10 de países que mais instalaram energia solar em 2020, e reforça os benefícios ambientais dessa fonte renovável

O Brasil tem aumentado ano a ano seu aproveitamento de energia solar, seguindo uma tendência global, mas ainda há um enorme potencial inexplorado – não só devido às proporções continentais do país, mas também à grande incidência de sol em nosso clima tropical. Mesmo estando no top 10 de países que mais instalaram energia solar em 2020, o Brasil ainda tem muito a ganhar se investir mais nessa fonte de energia. E a economia e o meio ambiente agradecem.Saiba maisPotencial de energia solar e eólica é 100 vezes maior do que demanda global

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Essa é a avaliação de Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), uma entidade sem fins lucrativos que reúne empresas de toda a cadeia de valor do setor solar fotovoltaico com operações no Brasil. Para ele, o país tem todo o potencial para virar uma referência, mas ainda enfrentamos alguns obstáculos para chegar lá – o que outros países em desenvolvimento, como a Índia, já fizeram com sucesso.

“O Brasil tem condições de se tornar uma grande liderança, como já é uma referência para outras renováveis. Na energia hidrelétrica, o Brasil é número dois no mundo. Na energia de biomassa, número três. Na eólica, é o número oito, mas na solar ainda estamos em 16º. Não é uma posição confortável e nem condiz com o país, um país continental e tropical, com potencial vastíssimo”, argumenta Sauaia.

Para ele, o caminho para que o país se torne uma grande potência renovável no mundo passa por políticas públicas que incentivem o uso da energia solar em casas, condomínios, comércios e indústrias. “Há uma série de ações que a gente precisa fazer para aproveitar essa oportunidade que está batendo à nossa porta”, garante o presidente da Absolar.Saiba maisO que está em jogo no projeto de lei sobre geração distribuída no Congresso

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Entre essas ações, ele destaca a votação do Projeto de Lei n.º 5829/2019 (PL 5829), tratado como um marco legal regulatório da geração de energia no país. O projeto pode pôr fim ao impasse antigo sobre a taxação da geração fotovoltaica no país, mas também é visto como uma forma de “taxar o sol” no Brasil.

Sauaia destaca, ainda, os benefícios ambientais do uso dessa fonte renovável. “A energia solar é parte importante da solução da crise climática. Os países agora estão motivados. Neste ano, vimos uma virada no cenário internacional, com vários países anunciando metas para a redução de emissões, com uso de matrizes energéticas renováveis”, situa ele.

Nesta entrevista para o Entre no Clima, o podcast do Um Só Planeta, Rodrigo Sauaia compara a instalação de energia solar a uma “corrida em que todos os países estão competindo para se tornar mais sustentáveis”. Mas a competitividade, nesse caso, tem muito espaço para vencedores.

Fonte: Um só Planeta – Globo

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