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Busca de pessoas físicas por financiamento de painéis solares cresce na pandemia

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Instalação das placas pode reduzir até 95% da conta de luz, sem falar na parte sustentável, de não agredir o meio ambiente, pondera especialista

RIO — A pandemia fez crescer a procura por financiamentos de painéis solares para pessoas físicas. O Santander observou crescimento de 25% nessa linha de crédito no primeiro bimestre de 2021, em relação ao mesmo período em 2020, quando a pandemia ainda não havia chegado ao Brasil.

Já o Portal Solar, que oferece um empréstimo do banco BV para projetos de energia solar, divulgou que o volume financiado em 2020 triplicou em relação a 2019.

Segundo o Bradesco, houve crescimento de 46% na quantidade de operações para aquisição e instalação de painéis solares em 2020. Em fevereiro deste ano, foi observado uma alta de 34% na quantidade de contratos, em comparação a dezembro do ano passado.

O Santander percebeu ainda um aumento da demanda por parte de clientes pessoa física, que passaram a representar 74% da concessão do crédito. Antes da pandemia, esse perfil correspondia a 65% das operações nessa linha.

— A instalação dos painéis solares pode reduzir até 95% da conta de luz, sem falar na parte sustentável, de não agredir o meio ambiente. Outro ponto importante é que acaba valorizando o imóvel. Então, o cliente faz um financiamento para pagar em cinco ou seis anos, que muitas vezes sai o mesmo preço do que ele pagaria em conta de luz, e o sistema fotovoltaico tem uma durabilidade de 15 a 20 anos, dependendo do equipamento. É muito vantajoso — afirma Fernando Charrone, superintendente de Parcerias e Negócios especializados da Santander Financiamentos.

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A energia gerada pelo sistema fotovoltaico pode ser armazenada em baterias, que ainda são caras para os brasileiros. Por isso, a opção mais utilizada no país costuma ser o lançamento da energia excedente no SIN, ou seja, no sistema utilizado pelas concessionárias de energia, como Light e Enel.

Com isso, os consumidores que geram energia solar recebem um crédito das concessionárias, para ser usado em momentos em que não há incidência de luz solar, como durante a noite ou nos dias nublados. Dessa forma, eles passam a pagar um valor mais baixo de conta de luz, normalmente apenas a tarifa mínima e uma taxa de iluminação pública.

Com o aumento da procura por crédito para esse tipo de investimento, o Portal Solar e o banco BV lançaram, no fim do ano passado, a plataforma Meu Financiamento Solar, um serviço digital exclusivo para atender consumidores finais, instaladores, integradores e distribuidores de equipamentos.

— Nossa projeção, com a nova plataforma, é de triplicar novamente o volume de projetos financiados em 2021 e atender também de forma exclusiva os profissionais do setor e seus clientes — comenta Rodolfo Meyer, presidente do Portal Solar, que acrescenta: — Atualmente, registramos por mês cerca de 7.500 solicitações de financiamento, com meses em que esses pedidos chegam a atingir R$ 500 milhões em solicitação de crédito para compra de equipamentos de energia solar.

Mais prazo para pagamento

Um dos atrativos que têm sido oferecidos pelas instituições financeiras é o alongamento do prazo de pagamento, permitindo que o valor das parcelas seja equiparado ao que seria pago na conta de luz.

No financiamento pelo Portal Solar, o prazo de carência para o pagamento da primeira parcela foi ampliado de 90 para 120 dias. O parcelamento é de até 84 vezes com juros a partir de 0,75% ao mês.

A empresa estima que o alongamento do prazo possibilita que a parcela do financiamento seja menor do que o valor mensal gasto na conta de luz em cerca de 70% do território brasileiro.

Já o Santander trabalha com parcelas fixas e parcelamento em até 72 meses, com juros partir de 0,79% ao mês, dependendo do rating do cliente. O banco também oferece o primeiro pagamento em 120 dias a partir da contratação, para que o cliente tenha tempo de instalar o equipamento.

— Como essa linha de crédito tem um alongamento de prazo que outros segmentos não têm, ideia é que o valor da parcela seja o que o cliente pode pagar. Sai mais barato do que o financiamento de um carro — afirma Charrone.

O Bradesco tem duas linhas de crédito, ambas para pessoas física e jurídica, com prazo de até 60 meses e até 12 meses para pagamento da primeira parcela, pela linha do BNDES Finame Baixo Carbono. Nessa modalidade, o juros é de taxa Selic, mais 0,95% ao ano, mais até 3,5% ao ano de spread. Na modalidade CDC Energia Fotovoltaica, os juros são a partir de 1,5% ao mês para pessoa física, com primeiro pagamento em até 90 dias.

Fonte : O Globo

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