Previsão é que até abril consumidores procurem por projetos fotovoltaicos para se garantir dentro das regras atuais
O Brasil encerrou o primeiro mês do ano (janeiro) com 128,5 MW de potência solar instalada em GD (geração distribuída). Trata-se de uma marca que já faz de 2022 o 5º ano com maior volume acumulado da fonte, atrás somente de 2018, 2019, 2020 e 2021.
No entanto, segundo profissionais ouvidos pelo Canal Solar, este é só o começo. Em todos os outros anos, a potência solar instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos, entre os meses janeiro e dezembro, foi quase sempre menor que 50 MW.
Em 2016, por exemplo, foram 49,2 MW injetados à rede de distribuição, segundo levantamento realizado pelo Canal Solar, com base em dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Por causa disso, a expectativa do setor é que 2022 se torne mais um ano de recordes para o segmento no Brasil e com um volume ainda maior de aquisições.
“Até abril será um período de orçamentos e especulação de pedidos. Os projetos devem mesmo começar a se converter a partir do meio do ano”, disse Rafael Santos, desenvolvedor de negócios sênior da Ereng Arteon.
Se em 2021, o país terminou o ano com 3,86 GW acumulados entre janeiro e dezembro, as projeções dão conta de que a fonte deverá superar essa marca ao longo dos doze meses do ano. “Acreditamos que será um ano bem melhor do que foi em 2021, sobretudo por causa da publicação da Lei 14.300, que fará com que os clientes tomem decisões mais assertivas no mercado”, acrescentou Santos.
Durante o webinário “Tendências do setor fotovoltaico para 2022”, realizado pelo Canal Solar, Leandro Martins, presidente da Ecori, e Gustavo Tegon, diretor de negócios da Esfera Solar, também estimaram que a GD solar deverá crescer cerca de 8 GW neste ano, atingindo em 31 de dezembro um total de quase 16 GW de potência instalada.
Na avaliação dos executivos, isso acontece porque o setor está mais estabilizado em 2022. Além disso, eles destacam que os fabricantes, sejam de wafers, células ou módulos, estão aumentando as suas produções, ou seja, ganhando uma escala de mercado cada vez maior.
Janeiro de 2022
Além dos 128,5 MW de potência instalada, o primeiro mês de 2022 se encerrou com pouco mais de 14,5 mil sistemas de distribuição conectados à rede entre os dias 1° e 31 de janeiro. Entre os estados brasileiros, o que registrou a maior potência instalada foi Minas Gerais, com 28,88 MW, seguido por Rio Grande do Sul (17,95 MW); São Paulo (16,53 MW), Pará (11,4 MW) e Ceará (10,06 MW).
Com relação às classes de consumo, a residencial ocupou mais de 75% das instalações registradas no país em janeiro, com 72,89 MW. Na sequência, ficaram as classes: comercial (28,8 MW), rural (18,34 MW) e industrial (5,63 MW).
Fonte: Canal Solar
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