Decisão foi tomada hoje (7) em reunião com representantes da Aliança Solar na sede da distribuidora, em Campinas (SP)
Representantes do setor de energia solar se reuniram novamente com diretores da CPFL, em Campinas (SP), na tarde desta quinta-feira (07), menos de uma semana após o protesto realizado na sede da companhia.
Na oportunidade, mais de mil integradores do segmento de GD (geração distribuída) fizeram uma manifestação pacífica contra a reprovação de projetos fotovoltaicos por inversão de fluxo por parte da distribuidora.
Ao final daquele ato, os diretores da concessionária se reuniram pela primeira vez com representantes da Aliança Solar – formada pelo INEL (Instituto Nacional de Energia Limpa) e pelo MSL (Movimento Solar Livre) – para ouvir as reivindicações do setor.
O encontro ocorreu no mesmo dia em que o ato foi realizado, e os executivos concordaram em receber, na tarde de hoje, um dossiê com uma série de projetos negados por inversão de fluxo para serem novamente analisados.
Desde então, os pedidos foram recolhidos pela Aliança Solar por meio de denúncias realizadas na plataforma Reclame Solar.
O que foi decidido na reunião de hoje?
A CPFL recebeu os pedidos recolhidos pela Aliança Solar, assinou um termo de compromisso com a entidade e afirmou que vai analisá-los novamente. Ao todo, foram entregues 365 reprovações.
A concessionária disse que vai apresentar para esses integradores – em um prazo de até dez dias – as soluções que podem ser tomadas para que esses projetos possam ser, enfim, aprovados.
A distribuidora também se comprometeu a fazer o mesmo com os demais pedidos que foram cadastrados na sua plataforma antes da entrada em vigor das regras da Resolução 1.098/2024 – publicada pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) no DOU (Diário Oficial da União), em 31 de julho deste ano.
Essa resolução trouxe novas definições para a análise de inversão de fluxo em sistemas de GD por parte das distribuidoras e definiu três cenários onde a inversão de fluxo não pode ser usada como justificativa para reprovar um projeto, sendo eles:
- Usinas zero grid;
- Instalações que se enquadrem nos critérios de gratuidade dispostos e cuja potência de geração distribuída seja compatível com o consumo da unidade consumidora durante o período de geração;
- Microgeração distribuída que se enquadre na modalidade de autoconsumo local, com potência igual ou inferior a 7,5 kW.
Em outras palavras, a CPFL garantiu que todos os projetos reprovados em sua área de concessão antes dessa determinação entrar em vigor serão analisados novamente e receberão uma resposta técnica, com uma solução para resolver a questão da inversão de fluxo.
Para isso, o integrador precisará apenas reencaminhar os projetos reprovados de seus clientes para a CPFL e aguardar a resposta.
Outras promessas da CPFL
Além de se comprometer com as medidas citadas acima, a CPFL também aceitou criar um canal de comunicação específico com os integradores, voltado exclusivamente para questões relacionadas às reprovações por inversão de fluxo.
A concessionária também acatou a proposta da Aliança Solar de receber, nos próximos dias, um memorando com outras sugestões do setor solar, incluindo a exigência de que todas as reprovações por inversão de fluxo contenham a assinatura de um responsável técnico da própria concessionária.
Além disso, a distribuidora informou que fará uma live aberta ao público para tirar todas as dúvidas sobre o tema inversão de fluxo com representantes da Aliança Solar. O dia e o horário dessa transmissão ainda serão definidos.
Fonte: Canal Solar
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