Debate sobre descarbonização destaca MG na vanguarda da transição energética

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Workshops “Minas Gerais – Reino Unido: Acelerando Inovação Rumo ao Net Zero” reforçam a missão do Governo de zerar as emissões líquidas de carbono até 2050

Minas Gerais sai na frente para acelerar a inovação necessária para a descarbonização no estado. O compromisso firmado pelo Governo de Minas com a adesão ao Race to Zero na COP 26, em Glasgow, Escócia, em 2021, serviu como pontapé inicial para a consolidação de acordos e parcerias relevantes do Estado junto ao Reino Unido, por meio do Consulado Britânico e da Energy Systems Catapult (ESC) e da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). O resultado dessa iniciativa originou a série de quatro workshops denominados “Minas Gerais – Reino Unido: Acelerando Inovação Rumo ao Net Zero”.

“Minas Gerais foi o primeiro estado na América do Sul a se comprometer com a campanha global do Race to Zero, com objetivo de alcançar emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050. As ações de descarbonização da atual gestão avançam, criando um ambiente confiável para que o estado possa ser um protagonista nessa nova economia verde. Reunimos condições, como reservas de lítio e outras riquezas, que vão colocar Minas Gerais no centro gerador de insumos para que o mundo possa cumprir essa meta”, destacou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio.

Os eventos, realizados nas modalidades on-line e presencial, reforçam a missão do Governo de Minas de zerar as emissões líquidas de carbono no estado até 2050 e engajar as indústrias mineiras no tema. Para cultivar um ciclo virtuoso no desenvolvimento sustentável, uma das iniciativas bem-sucedidas do Estado é o Sol de Minas, projeto estratégico que visa aumentar a participação de energia solar fotovoltaica, considerada limpa, renovável e de baixa emissão de carbono na matriz energética/elétrica, e, consequentemente, reduzir a emissão de gases do efeito estufa, como o CO2.

Estratégias

Para a subsecretária de Promoção de Investimentos e Cadeias Produtivas, Kathleen Garcia, as ações realizadas pelo Governo de Minas para impulsionar o investimento em energias renováveis têm atraído importantes investimentos e a assinatura do Race to Zero passa a guiar as políticas públicas no Estado, além de criar outras oportunidades que o uso de energia limpa traz.

“Temos um governo muito focado em atrair novos investimentos para Minas Gerais. Temos um programa conduzido de forma prioritária pelo governo, que é o Sol de Minas, voltado para a energia solar fotovoltaica. Minas é o primeiro estado a superar a marca de 2 giga watts de capacidade instalada em operação de origem fotovoltaica, em geração centralizada e distribuída. Temos benefícios fiscais para esse setor”, pontuou a subsecretária.

Marca histórica

A marca histórica de 2 gigawatts em operação da fonte solar fotovoltaica representa uma união de esforços do Governo estadual, que tem apresentado políticas assertivas de desenvolvimento econômico, sendo Minas Gerais o primeiro estado do Brasil a atingir essa capacidade de operação de um tipo de energia limpa, barata e renovável.

Além disso, a marca de 2 gigawatts simboliza mais de R$ 9 bilhões em investimentos e geração de cerca de 60 mil empregos no estado, de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Em Minas Gerais, mais de R$ 43 bilhões de investimentos em energia solar fotovoltaica estão sendo atraídos por meio da equipe econômica, via Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Invest Minas.

Protagonismo

Esses dados deixam evidente o protagonismo de Minas Gerais no setor de energia solar fotovoltaica e consolidam investimentos no chamado mercado de “finanças verdes”. Prova disso é a assinatura de um acordo entre a Invest Minas e a organização internacional Climate Bonds Initiative (CBI), incluindo diversas ações para mobilizar e informar entes governamentais, investidores e empresas mineiras de forma a sensibilizá-los sobre a importância de uma economia sustentável e as oportunidades de investimento verde no Brasil.

A discussão sobre modelos de negócio e financiamento de projetos de energias renováveis, aliás, norteou a quarta edição do Workshop Minas Gerais – Reino Unido: Acelerando Inovação Rumo ao Net Zero com as apresentações da Arcelormittal, BDMG e BNDES. Climate Bonds Initiative e Energy Systems Catapult também enfatizaram as formas de financiar e investir na economia sustentável, bem como suas vantagens e as exigências que hoje o mercado coloca.

Na avaliação do presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, a economia e a indústria mineira já fizeram um grande trabalho e têm procurado reduzir suas emissões. “Agora, nós estamos naquele passo de desenvolver estratégias para ter o melhor diagnóstico possível do patamar em que se encontra a nossa indústria. Os resultados são excelentes. Estamos entre os 10% a 15% mais eficientes do mundo, em cada setor, quanto à emissão de carbono por tonelada produzida, por exemplo”, frisou Roscoe.

Linhas de financiamento

Na ocasião, também foram apresentadas opções de financiamentos a médias e grandes empresas pelo, a exemplo das linhas de crédito para projetos de geração de energia renovável e de eficiência energética. Segundo João Paulo Moreira, gerente de negócios do BDMG, já foram desembolsados R$ 169 milhões, sendo R$ 83,3 milhões para energia solar fotovoltaica, investidos em 33 municípios mineiros.

O Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) mostrou linhas de apoio, como o BNDES Funtec, uma parceria com a Embrapii que disponibiliza recursos não reembolsáveis para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação com participação financeira de empresas privadas interessadas no resultado da pesquisa.

Outra linha com participação do BNDES é o Finame Direto, que estabelece limite de crédito para financiamento para aquisição, comercialização ou produção de itens credenciados. Também foram apresentados o Finem Meio Ambiente, financiamento a investimentos em sustentabilidade focado em diferentes tipos de empreendimentos e o Crédito ASG, um Linked Loan cuja finalidade é oferecer condições mais atrativas para clientes que comprovarem melhorias nos indicadores de sustentabilidade pré-estabelecidos. Já o Fundo Clima, é um programa vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) com a finalidade de garantir recursos para financiamento de empreendimentos voltados para a mitigação das mudanças climáticas.

Reino Unido está na vanguarda

Vale destacar que a série de workshops, realizada nos dias 3 e 10/2, e 8 e 29/3,  tiveram como objetivo o estímulo à descarbonização das indústrias em Minas Gerais tendo em vista a expertise do Reino Unido que já conta com diversos projetos dessa natureza.

O gerente de Desenvolvimento de Negócios Internacionais da Energy Systems Catapult (uma das organizadoras da série de quatro workshops), Felipe Cruz, enfatizou como os governos podem apoiar startups de energia limpa. “O mais importante é a definição de uma clara trajetória para descarbonização e a criação de um ecossistema de inovação em que as corretas políticas públicas e regulações criem um arranjo de mercado condizente com uma economia de baixo carbono. Isso traz confiança e segurança jurídica ao mercado, abrindo o apetite dos empreendedores para tomar risco e da iniciativa privada para fazer os investimentos necessários para a transição energética, consequentemente, desenvolvendo uma cadeia de valor local. O estado de Minas Gerais e seus municípios devem aproveitar essa oportunidade única dessa revolução industrial verde”, acrescentou Felipe.

Segundo a diretora de Desenvolvimento Logístico da Sede-MG, Renata Muinhos, Minas Gerais possui uma riqueza de recursos naturais, instituições capazes, e ambiente de negócio favorável que dão ao estado uma oportunidade única para aproveitar ao máximo a transição energética. Para isso, foi criado o Race to Net Zero: A Plan for Innovation in Minas Gerais. Esse plano, elaborado pela ESC em parceria com o Governo de Minas, mostra onde estão situadas as principais oportunidades para construir uma cadeia de valor local e o papel que o estado deve exercer.

Depois de ocorridos os quatro workshops, o próximo passo é a viabilização de ambientes de inovação e a convocação de um grupo de ‘tarefa e conclusão’ que tenha representação das principais partes interessadas para garantir que as ações subsequentes sejam desenvolvidas de forma colaborativa.

Fonte: Governo do Estado de Minas

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