GD solar diminui a conta de todos os consumidores de energia

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Cálculos com base na metodologia proposta pela ANEEL e com premissas reais apontam benefícios de R$ 13,3 bi até 2035

A ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) projeta que a GD (geração distribuída) solar trará mais de R$ 13,3 bilhões em benefícios líquidos para os consumidores do setor elétrico brasileiro até 2035. 

De acordo com a entidade, a conta foi feita utilizando a metodologia proposta pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) na Audiência Pública n°001/2019 que trata do processo de revisão da Resolução Normativa 482. 

Há mais de dois anos, a ABSOLAR sustenta a afirmação de que o avanço da GD solar no Brasil causa desconforto nos tradicionais grupos econômicos do segmento elétrico.

Na avaliação da entidade, as gigantes da energia pressionam as autoridades com objetivo de conter o avanço da geração distribuída fotovoltaica e preservar seus interesses econômicos.

No ano passado, a associação rebateu os cálculos divulgados pelo Ministério da Economia e pela ANEEL que estimavam que a GD solar causaria um impacto de R$ 56 bilhões na conta de luz elétrica dos brasileiros até 2035. 

Na avaliação da ABSOLAR, os dados utilizados pelas duas entidades no levantamento encontravam-se “incompletos”, pois não consideravam os benefícios da energia solar para a sociedade. 

A associação entende que os cálculos deixaram de lado a análise de itens relevantes como: os valores de postergação de investimentos em transmissão e em distribuição; além da mensuração e valoração de atributos ambientais e socioeconômicos.

Por causa disso, a ABSOLAR refez os cálculos, com base nos dados apresentados pela ANEEL, para chegar à conclusão de que a GD solar é capaz de gerar, inclusive, receitas bilionárias ao setor elétrico. 

“Esse resultado mostra que as contas feitas por parte do governo e da ANEEL olham apenas para um lado da moeda. Quando falamos sobre fazer uma ponderação equilibrada sobre a GD, não podemos olhar para a tecnologia imaginando que ela é apenas custo. Isso é incorreto e injusto. O certo é olharmos para os custos e os benefícios. Foi o que fizemos nas nossas contas”, disse Rodrigo Sauaia, presidente da ABSOLAR. 

O executivo destacou que a conta feita pela ABSOLAR considerou somente os benefícios técnicos gerados ao setor elétrico, a conta dos R$ 13,3 bilhões não considerou todos os benefícios da GD. “Essa conta não incorpora ainda os atributos socioeconômicos e ambientais da geração distribuída, como: a preservação de recursos hídricos, a economia do uso de solo e também a poluição que deixa de ser emitida na atmosfera”, frisou ele. 

“Ou seja, tem ainda vários outros aspectos importantes que vão além dos R$ 13,3 bilhões em benefícios líquidos já descontados”, ressaltou. 

Avaliação técnica

De acordo com o doutor em engenharia elétrica José Wanderley Marangon Lima, especialista em geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, o valor apresentado pela ABSOLAR faz bastante sentido. 

“A energia solar contribui muito para a diminuição da necessidade de capacidade no sistema brasileiro, que hoje é um ponto crítico, e também evita investimentos em transmissão e distribuição”, explicou. 

O especialista – que também já atuou como consultor da diretoria da ANEEL e Ministério de Minas e Energia – destaca ainda que os benefícios avaliados pela ABSOLAR em seu estudo incluem os ganhos pela energia evitada, a diminuição de perdas de transmissão e distribuição, além da redução de contratação de novas usinas de geração. 

“Essa contribuição da ABSOLAR foi feita em cima de uma planilha que a ANEEL apresentou. A ABSOLAR acabou mexendo em alguns parâmetros que entendia que estavam equivocados e vários pontos foram analisados para se chegar a esse número, que não me parece absurdo”, disse ele. 

Fonte: Canal Solar

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