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A Importância das Micros e Pequenas Empresas no Atual Momento do Brasil

Um desabafo ao Ministro da Economia Paulo Guedes

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Um desabafo ao Ministro da Economia Paulo Guedes

Senhor Ministro,

O Brasil é um País de empreendedores. Muitos brasileiros transformam seus sonhos e ideias em novos negócios e as concretizam sob a forma de micro e pequenas empresas (MPEs). E estas, têm papel fundamental para alavancar o crescimento do País.

Em solo tupiniquim, não são apenas as grandes empresas ou multinacionais que fazem a economia avançar, as MPEs representam 99,1% do total de empresas registradas, são mais de 12 milhões de negócios que respondem por cerca de 30% da produção de riqueza do País, e esse valor adicionado tem se mostrado consistente ao longo dos últimos anos.

Listamos abaixo alguns benefícios das MPEs para a economia brasileira:

– Geração de empregos e formalização de empreendedores

As MPEs possuem papel crucial também na geração de empregos. De 2006 a 2019, elas foram responsáveis pela criação de cerca de 13,5 milhões de empregos, ao passo que as médias e grandes empresas fecharam cerca de 1,1 milhão de postos de trabalho, no mesmo período.

Segundo o IBGE, as MPEs são responsáveis por 60% dos quase 100 milhões de empregos no país, permitindo que um enorme número de empreendedores deixe a informalidade, passando os negócios formais a ser maior do que o quantitativo de negócios informais no país.

– Arrecadação de Impostos

O aumento da formalização das MPEs contribui significativamente para a arrecadação tributária, além de ajudar na criação de postos de trabalho formais. Entre 2007 e 2018, a arrecadação do Simples dobrou, chegando a 8,4% do total da Arrecadação Federal.

– Mais inovação e investimento

Inegavelmente, é a inovação que torna o Brasil mais competitivo. Soluções tecnológicas trazidas por inúmeras Startups, todas MPEs, são extremamente importantes também para a economia do País, sendo elas as que mais investem no Brasil.

– Mais opções para os consumidores e maior abrangência

Os pequenos negócios movimentam dinheiro na região onde os consumidores moram. O ciclo de prosperidade se dá da seguinte forma: Quanto mais empresas abertas, mais opções de produtos e serviços, gerando mais competitividade, tornando os preços atrativos, que estimula o consumo e mais vendas, gerando mais dinheiro, que por sua vez possibilita reinvestimentos, o que faz a economia girar, gerando riquezas e com isso, mais arrecadação de impostos.

– Mais resistência às mudanças críticas

O incentivo às MPEs é uma medida estratégica para diminuir os efeitos de uma crise econômica, como a que ora atravessamos. Por operarem com contingente baixo, possuem pouco espaço para demissões, desta forma elas conseguem passar por momentos de crise mantendo seu status operacional e mantendo sua força de trabalho empregada com pequena margem de demissões.

– Crédito e aumento nas exportações brasileiras

Além dos fatores acima, os pequenos negócios ajudam a movimentar o setor de créditos e empréstimos bancários, utilizando os serviços da rede bancária privada. Outro setor comercial que se expande com a ação desses negócios é a exportação, cujas vendas ultimamente têm subido a taxas superiores a 20% ao ano para a área. Os principais blocos de destino das exportações das MPEs são: Mercosul (21%); Estados Unidos; Canadá (20%); e, União Europeia (18%).

Pode-se concluir facilmente que os pequenos negócios, têm papel de destaque quando se fala sobre crescimento econômico, já que respondem por boa parte da geração de empregos no país e contribuem com um grande percentual do PIB brasileiro. Além de sustentar a economia nos momentos de crise, agregam valor aos produtos e serviços em que as suas atividades estão envolvidas.

Começamos o ano de 2020, com otimismo provocado pelos juros baixos, recuperação da renda e da confiança do empresariado e safra agrícola recorde. Pesquisas apontavam que grande parte das empresas tinham intenção em investir em novas tecnologias e pretendiam substituir e/ou adquirir máquinas e equipamentos.

Infelizmente veio a pandemia de Covid19, com impactos negativos para todos os setores da economia ainda impossíveis de serem mensurados.

Diante de todo o exposto, senhor Ministro, é extremamente desanimador tomar conhecimento de seu pronunciamento em uma reunião no Palácio do Planalto, reproduzido aqui, “É dinheiro que nós vamos botar usando a melhor tecnologia financeira lá de fora. Nós vamos botar dinheiro, e… vai dar certo e nós vamos ganhar dinheiro. Nós vamos ganhar dinheiro usando recursos públicos pra salvar grandes companhias. Agora, nós vamos perder dinheiro salvando empresas pequenininhas.

É difícil como economista, empresário e cidadão, entender onde se norteiam suas convicções econômicas. Gostaria de saber onde foram aplicadas e deram certo? Qual país do Mundo cresceu e distribuiu riquezas salvando os grandes grupos econômicos em detrimento dos pequenos? Onde senhor Ministro, onde?

Por Daniel Lima –
Economista, Empresário e
Liderança do Movimento
Solar Livre

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