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Número de sistemas de energia solar instalados no Estado aumenta 35%

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Mato Grosso do Sul é um dos principais geradores do País e se posiciona como o 11º estado com potência instalada de 358,5 megawatts

Mato Grosso do Sul viu crescer o número de sistemas conectados à rede de transmissão do Sistema Integrado Nacional (SIN) consideravelmente neste ano. Foram 10.541 novas unidades de microgeração de energia solar ligadas até maio, de acordo com a Energisa Mato Grosso do Sul (EMS).

O dado corrobora o levantamento feito a pedido do Correio do Estado à Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Segundo o sistema de geração distribuída da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em fevereiro, o Estado tinha 27.441 sistemas instalados em empresas e residências, atualmente são 37 mil, alta de 34,83% no período de quatro meses (ou 9.559 novos sistemas).

Ao todo, são 53,3 mil consumidores abastecidos por energia dessa fonte renovável.

Só nos primeiros cinco meses de 2022, MS instalou mais de 10 mil novos sistemas de geração privados de energia solar. Esse número é maior que os 8,5 mil sistemas instalados em 2020.

Em março de 2020, o Estado tinha 6.641 sistemas ligados à rede e mais que quadruplicou esse número para 27.441 em fevereiro de 2022, o novo salto foi dado nos quatro meses seguintes, após a entrada em vigor do marco da energia solar no Brasil em janeiro deste ano.

Com essa alta, MS subiu uma posição no ranking da Absolar entre os estados que mais geram energia desta fonte no País. O Estado agora ocupa a 11ª posição em geração.

Nesse quesito, a geração saiu do patamar de 69,2 megawatts para 263,9 MW de março de 2020 para fevereiro de 2022. Nos últimos quatro meses, um novo salto pode ser notado.

Conforme dados da Aneel, Mato Grosso do Sul tem potência instalada de 358,5 megawatts hoje. Em quatro meses, essa alta atingiu 35,84%. Em pouco mais de dois anos, essa geração mais do que quintuplicou, atingindo a impressionante alta de 418% de capacidade.

Campo Grande, por sua vez, se posiciona bem no ranking de municípios com maior geração de energia. A Capital ocupa a sétima posição com capacidade instalada para geração de 83,6 MW. 

A primeira colocada em geração é Cuiabá, com 117,5 MW de capacidade. Campo Grande tem atualmente, 10.529 usinas de geração de energia solar instaladas no município, segundo levantamento feito pelo Movimento Solar Livre, junto à Aneel.

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EMPRESÁRIOS

Proprietário da LG Energia Solar, Lanner Granze, comenta que, apesar do aumento de unidades geradoras e de consumidores no Estado, isso não se concretizou em alta no fechamento de ordens de serviço.

“Há várias empresas novas entrando no mercado, a briga por preços está forte e algumas resolvem trocar materiais por peças mais baratas e prejudicam a qualidade da instalação”, comenta.

O empresário diz que isso pode ser notado na instalação de suportes nos telhados das construções.

“Nós não furamos o telhado, tem empresa que faz para colocar suportes de ferro do mesmo padrão. Cada tipo de telha tem um suporte específico, e também ocorre de, em vez de usarem materiais de alumínio, compram barras de metal e ferro, que expostas ao tempo enferrujam com facilidade”, explica.

Lorena Lima, proprietária da Eko Solar, em Campo Grande, afirma que este ano tem sido agitado para o setor.

“Vemos que a população está correndo atrás para instalar. A procura mensal chega a quase 60 pedidos de orçamento, em instalações triplicamos em relação ao instalado no mesmo período do ano passado”, revela.

Em fevereiro, representantes do setor afirmaram ao Correio do Estado que havia preocupação com o fornecimento de materiais e alta de preços por problemas na importação de placas fotovoltaicas da China e possível falta de matérias-primas. Lorena, porém, diz que esse cenário não se concretizou até o momento.

“Não houve dificuldade nesses meses. Os preços se elevaram um pouco, mas não sentimos efeito”.

Segundo ela, o único problema encontrado foi o atraso em algumas entregas.

“Entrou em vigor um imposto sobre as placas fotovoltaicas e o transporte de materiais industriais. Isso aumentou a quantidade de orçamentos fechados e na procura. Isso aconteceu de março para abril, então teve um atraso de 10 dias na entrega naquele período”, conta.

A empresária se refere à Resolução Gecex nº 272 de 29/11/2021, que mudou os códigos tributários de equipamentos e produtos de vários setores da economia, ou Nomenclatura Comum para o Mercosul (NCM).

No caso do setor solar, houve mudança de NCM e do valor de IPI para 10%, em vez de 0%. Apesar disso, esta nova NCM tem uma exceção: a EX 01 – Células Solares, com IPI zero. E isso permite manter a tributação.

TAXAÇÃO

De acordo com o presidente da associação Movimento Solar Livre (MSL), Hewerton Martins, o crescimento tem sido alto neste ano, a preocupação, entretanto, segue sendo a taxação que virá em 2023.

Com a publicação da Lei nº 14.300, em 7 de janeiro de 2022, os consumidores que produzem a própria energia renovável passarão a pagar, gradualmente, tarifas sobre a distribuição dessa energia, como é o caso da energia solar fotovoltaica, eólica, centrais hidrelétricas e de biomassa.

Com o novo marco regulatório, aqueles que já têm sistemas instalados mantêm a garantia de isenção de taxas até 2045. Até janeiro de 2023, os consumidores podem garantir ficar nesse grupo.  

“[A lei] vai na contramão do mundo inteiro. Todos os países estão propondo incentivo para o pequeno gerador. Acabei de voltar da Alemanha, eles discutem 100% incentivo para o pequeno consumidor produzir energia limpa”, diz Martins.

O dirigente ainda comenta que há uma preocupação com as alíquotas a serem cobradas no próximo ano.

“A lei propõe a taxação, mas nem sabemos o número, que será definido pela Aneel em 2022. Então, ainda há essa imprevisibilidade, que pode prejudicar o mercado nos próximos meses”, finaliza.

Para a geração própria solar, a Absolar projeta um crescimento de 105,0% frente ao total já instalado até 2021 em todo o País, passando de 8,3 GW para 17,2 GW. Já no segmento de usinas solares de grande porte, o crescimento previsto será de 67,8%, saindo dos atuais 4,6 GW para 7,8 GW.

Fonte: Correio do Estado

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