Paraná recebe R$ 220 milhões para construir a primeira fábrica nacional de módulos fotovoltaicos

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Paraná receberá a primeira fábrica de módulos fotovoltaicos totalmente nacional. O empreendimento contará com investimentos de R$ 220 milhões.

A fábrica de módulos fotovoltaicos da Sengi, situada em Cascavel, no Paraná, é a primeira unidade fabril com capital exclusivamente brasileira, tornando-se um marco para o país em termos de desenvolvimento econômico, social e tecnológico. A confirmação veio de Paulo Alvim, ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que realizou uma visita ao complexo industrial de módulos fotovoltaicos.

Fábrica de módulos fotovoltaicos no Paraná receberá investimentos de R$ 220 milhões

O ministro participou de uma visita para ver de perto as instalações técnicas e os módulos fotovoltaicos de alta complexidade. De acordo com o ministro, iniciativas como a dos empresários da Sengi no Paraná devem ser consolidadas, tendo em vista que geram vagas de emprego que tornam toda a atividade econômica do município favorável. Segundo Alvim, é gratificante observar o nível de empreendedorismo e de competência empresarial neste projeto. 

Com investimentos de R$ 220 milhões, a primeira fábrica de módulos fotovoltaicos está em sua fase inicial no processo de produção. A inauguração oficial da unidade acontecerá no dia 21 de outubro.

No plano de investimentos da empresa, está previsto a construção de outra fábrica de módulos fotovoltaicos no Brasil, na filial em Ipojuca, em Pernambuco, com operações previstas para começarem no mês de março do próximo ano. Para esta segunda fábrica, a empresa investiu, R$220 milhões, que também devem gerar 250 novas vagas de emprego na região.

De acordo com o diretor da Sengi Solar, Everton Fardin, as expectativas para a chegada da primeira fábrica no Paraná são as melhores possíveis, tendo em vista que o mercado está aquecido e com gargalos ligados à produção nacional de qualidade de módulos fotovoltaicos.

Nova fábrica deve conquistar boa fatia de mercado 

De acordo com Fardin, a Sengi planeja preencher essa lacuna e conquistar uma grande parte do mercado. Devido suas fábricas serem dimensionadas dentro do conceito de indústria 4.0, a empresa terá um ritmo de produção de módulos fotovoltaicos muito acima daquilo que é praticado na indústria brasileira e cada um dos processos terá cerca de 25 segundos de duração, incluindo montagem, inspeção e transformação.

Para Daniel da Rocha, CEO do Grupo Tangipar, o objetivo é adquirir uma boa fatia deste mercado, que demanda mudanças na industrialização mundial, não apenas do fotovoltaico, mas de todos os setores. 

O executivo afirma que há cada vez mais demanda de buscar produtos em Centros de Distribuição mais próximos. Dificuldades de abastecimento encontradas durante a pandemia e a Guerra entre a Rússia e Ucrânia impactaram negativamente na cadeia de produção.

Por conta disso, haverá uma grande transição nos setores econômicos, ampliando a necessidade por fontes locais produtivas. Neste contexto, o Brasil possui uma capacidade e condições para se destacar e ter um papel essencial na indústria mundial.

Módulos fotovoltaicos serão bifaciais

Os módulos fotovoltaicos que serão produzidos terão potência entre 440 W e 670 W e estão entre os maiores do mercado. Estes serão desenvolvidos com tecnologias bifaciais e double glass, que permitem a captação da radiação solar nas partes superiores e inferiores dos painéis solares.

A Sengi Solar conta com um ritmo de produção jamais visto na indústria nacional, gerando mais de 3 mil módulos fotovoltaicos por dia, atuando com a missão de continuar inovando os produtos, tecnologias e serviços da empresa e do próprio mercado brasileiro. A empresa busca estar sempre à frente do futuro do mercado.

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