Privatizada, Eletrobras fixa preço por ação em R$ 42 e levanta R$ 29,29 bilhões em oferta

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Operação do governo federal garante a privatização da maior empresa do setor elétrico brasileiro

O governo Bolsonaro concluiu, nesta quinta-feira (9), o processo de privatização da Eletrobras. O preço por ação na oferta foi definido em R$ 42, levantando um total de R$ 29,29 bilhões, segundo comunicado divulgado nesta sexta-feira (10) pela companhia.

Clique aqui pra fazer o download da íntegra do comunicado do Conselho de Administração da empresa. A operação irá resultar na privatização da maior empresa do setor elétrico brasileiro. “O preço por ação foi fixado em R$ 42, “perfazendo o montante total de R$ 29.294.027.952,00”, informou a Eletrobras.

O total da operação pode chegar a R$ 33,68 bilhões, considerando o lote suplementar de até 15% das ações da oferta inicial previsto no prospecto da oferta.

O preço por ação ficou um pouco abaixo da cotação de fechamento da ELET3 na bolsa nesta quinta, que foi de R$ 43,04. A Eletrobras informou no comunicado que obterá com a oferta primária R$ 26,267 bilhões, e revelou que o preço mínimo tinha sido fixado pelo governo em R$ 22,057 bilhões.

O início das negociações das ações na B3 será na próxima segunda-feira (13). O prazo para os investidores manifestarem a intenção de compra e reserva de ações teve início na última sexta-feira (3) e se encerrou nesta quarta-feira (8).

A oferta foi aberta para investidores nacionais e estrangeiros e a demanda também foi abastecida com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O governo autorizou o uso de até 50% do valor da conta vinculada ao FGTS para trabalhadores que participarem da operação.

Mobilização contra venda

Sindicatos e movimentos populares se manifestaram, nos últimos meses, contra a privatização da Eletrobras. Uma série de ações foram protocoladas para tentar evitar a venda do controle da empresa, a maior do setor de energia de toda a América Latina.

Parte das ações denunciaram erros ou omissões já apontadas pelo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, sobre o processo. Ele foi o único que se posicionou contra a venda.

Do Rêgo afirmou que a Eletrobras está sendo vendida a “preço de banana” por conta da pressa imposta pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) para a conclusão do negócio. Eleito com um discurso privatista, Bolsonaro quer concluir a capitalização da Eletrobras antes da eleição deste ano para demonstrar ao mercado sua capacidade de levar adiante propostas de seu ministro Paulo Guedes para a economia.

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