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Reajuste anual frustra expectativa de redução da conta de luz

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Com o fim da bandeira de escassez, queda esperada de 20% será diluída por reajustes autorizados em oito estados

Com o fim da bandeira de escassez, os brasileiros esperavam que a energia ficasse bem mais em conta. Mas essa queda de valor será menor do que a aguardada, em alguns estados praticamente nula, devido aos reajustes anuais, que chegam a quase 24%.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou no início do mês a entrada da bandeira verde a partir do dia 16 e o fim da cobrança adicional, usada principalmente quando as termoelétricas, que têm energia mais cara, precisam ser acionadas. Segundo ele, a conta de luz dos brasileiros ficaria cerca de 20% mais barata.

Mas, de acordo com Rodrigo Gelli, diretor-técnico da PSR, consultoria de energia, a redução será bem menor, diluída em aumentos periódicos autorizados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). “O anúncio de redução de 20% das contas de luz foi possível porque foi feito antes do início do ciclo de reajustes tarifários de 2022, com poucas exceções”, avalia.

Reajustes da Aneel

Aneel aprovou na última terça-feira (19) aumento tarifário em quatro estados do Nordeste. As novas cobranças entram em vigor nesta sexta-feira (22).

Em média, a cobrança da Enel Ceará subirá 23,99%, o maior reajuste até agora. O consumidor residencial sentirá, em vez de um alívio, alta de 0,09% na conta de energia.

Com aumento de 19,87%, a cobrança ficará 4,11% mais barata no Rio Grande do Norte. Já em Sergipe a queda será um pouco maior (6,15%), por conta do reajuste de 16,46%.

Na Bahia, a conta de luz terá queda de 1,38%. A Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia) passará a cobrar em média 20,73% mais do que anteriormente.

Dois estados do Centro-Oeste também tiveram mudanças na tarifa, que estão em vigor desde o dia 16. Em Mato Grosso, o valor subiu 20,36% e, em Mato Grosso do Sul, 16,83%. Com o reajuste anual e o fim da bandeira de escassez, a conta ficou apenas 0,04% e 2,76% mais barata, respectivamente.

Em março, antes do fim da cobrança extra, a CPFL Paulista já tinha passado por um reajuste médio de 13,80%. Assim como no Rio de Janeiro, onde a cobrança da Enel subiu 16,86% e a da Light, 14,68%.

É esperado ainda aumento na conta de energia do Rio Grande do Sul. A Aneel abriu na terça-feira consulta pública para debater a revisão tarifária de cinco distribuidoras do estado. A agência decidirá sobre os novos índices que entrarão em vigor no dia 22 de julho. Na proposta, o efeito médio para o consumidor será de +6,45% a +19,83%.

Projeções atualizadas

Segundo as estimativas feitas pela consultoria de energia PSR, estados que ainda não tiveram reajuste tarifário vão perceber, em média, uma redução de cerca de 21%. Mas é esperado ao longo do ano para os consumidores residenciais aumento de 13,5% nas cobranças.

A expectativa, então, é que o valor da energia não registre uma grande queda, como era esperado com o fim da cobrança extra. “Com a manutenção da bandeira verde ao longo dos próximos meses de 2022, como indicam nossas simulações mais recentes, os consumidores residenciais perceberão que a redução média na conta de energia será no máximo de 7,5%”, afirma Gelli, diretor da PSR.

Fonte: R7

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