Recife aposta em PPPs de energia solar para reduzir custos em prédios públicos

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Iniciativa começou pelo Hospital da Mulher do Recife, em agosto passado, com a inauguração de uma usina solar fotovoltaica

A prefeitura do Recife está investindo na instalação de placas solares em locais administrados pela gestão municipal para reduzir custos com energia, diante da escalada de preços. A iniciativa começou pelo Hospital da Mulher do Recife (HMR), em agosto passado, com a inauguração de uma usina solar fotovoltaica.

Com a aplicação de 728 módulos de 440 kWp na cobertura do centro hospitalar, a prefeitura estima que a unidade de saúde produza cerca de 40 GWh/mês, permitindo uma economia anual de aproximadamente R$ 240 mil e reduzindo a emissão anual de sete mil toneladas de CO2.

Já em novembro, foi anunciada a seleção de 20 escolas do Recife para receber geradores de energia fotovoltaica. A gestão municipal também planeja estender a aplicação dos painéis solares para toda a rede de ensino da cidade em até quatro anos.

As ações fazem parte do projeto Recife Cidade da Eficiência Energética (RCEE), com orçamento previsto de R$ 90 milhões para instalação de painéis solares fotovoltaicos em equipamentos públicos nas áreas de saúde, educação, esporte e no edifício-sede da Prefeitura.

O objetivo é incentivar a aprovação de novos projetos e impulsionar a adaptação de edificações existentes à condição de construção sustentável.

Segundo o prefeito João Campos (PSB), o projeto busca o engajamento da comunidade escolar na implantação dos equipamentos, além de trabalhar a importância da geração de energia limpa e consumo consciente entre trabalhadores da educação, alunos e familiares.

Ainda não foi divulgado o período em que a prefeitura deve, de fato, construir as usinas nas escolas. Em janeiro deste ano, a prefeitura abriu o edital de chamamento público para o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para geração de energia fotovoltaica.

O recurso deve permitir que as empresas e consultorias interessadas sejam credenciadas para elaborar uma Parceria Público-Privada (PPP) para adoção de soluções que reduzam os custos com energia elétrica em equipamentos públicos, por meio de usinas de energia fotovoltaica.

A expectativa é que a futura parceria consiga reduzir de 10% a 15% os gastos com energia elétrica no orçamento público da cidade, já que, por mês, são gastos em média R$ 6 milhões em despesas com energia elétrica junto à concessionária Neoenergia Pernambuco.

Pernambuco

No estado, o governo de Pernambuco tem projetos na mesma linha.

O executivo estadual instalou placas fotovoltaicas em quatro prédios públicos: a Escola Politécnica, vinculada à Universidade de Pernambuco (UPE), Hospital Barão de Lucena, Hospital Otávio de Freitas e Hospital Getúlio Vargas. Esse último recebeu investimentos de R$ 1,3 milhão para 182 painéis fotovoltaicos.

O governo estima que as instalações fotovoltaicas nos quatro prédios públicos, além da troca de lâmpadas fluorescentes por LED, geraram uma economia anual aproximada de R$ 745 mil.

As ações estão ligadas ao Programa de Eficiência Energética (PEE), executado pela Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), que prevê o investimento de 0,5% do lucro obtido pelas empresas concessionárias do setor de energia elétrica em programas de eficiência energética.

TRF5 instala quarta usina

O Judiciário também aposta na tecnologia.

Na semana passada, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), com sede no Recife, anunciou que vai inaugurar sua quarta usina fotovoltaica. A Corte vem buscando soluções alternativas que “colaborem com o meio ambiente, permitindo, em paralelo, uma maior economia dos recursos públicos”, diz o comunicado.

A usina fotovoltaica funcionará no estacionamento da Escola de Magistratura Federal da 5ª Região (Esmafe). A área passa por reforma para receber 40 vagas cobertas, sobre as quais serão instaladas 300 placas solares.

De acordo com a Subsecretaria de Infraestrutura e Administração Patrimonial, as obras e a instalação da usina custaram ao Tribunal um total de R$ 950 mil e a previsão é de que toda a estrutura esteja finalizada até o final de maio. A expectativa é de que a nova unidade abasteça todo o prédio da Esmafe e ainda gere um crédito de energia para ser utilizado no edifício-sede.

Fonte: EPBR

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