Muito tem se falado que a geração distribuída de energia é coisa de rico. Alguns segmentos e agentes do setor elétrico utilizam esse mote para dizer que a GD penaliza os mais “pobres” em virtude de subsídios cruzados.
A grande verdade é que cada vez mais cai por terra os argumentos desses que escrevem e falam o que acham que é. Mas, felizmente existem os números que são imparciais e retratam com frieza e exatidão a realidade.
Utilizamos na análise os números disponibilizados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) no “Painel de Dados de Micro e Minigeração Distribuída”, referentes ao ano de 2021, e as informações socioeconômicas da população brasileira coletadas do Censo/IBGE, focando na renda por classes sociais.
Os números desnudam a realidade social e econômica onde está inserida a geração distribuída, e podem servir de base para os formuladores de políticas públicas. Vamos a eles:
– No Brasil, 68% da geração distribuída está inserida nas classes E, D e C; 25% na classe B; e, 7% na classe A;
– Em Minas Gerais e São Paulo, estados líderes em GD, os números são os seguintes: 79% e 78% da geração distribuída está inserida nas classes E, D e C; 17% na classe B; e, 4% e 5% na classe A;
– No Ceará, 73% da geração distribuída está inserida nas classes E, D e C; 23% na classe B; e, 4% na classe A.
Os números desnudam uma realidade. Os adotantes de geração distribuída em sua grande maioria são das classes com menor renda domiciliar, e as mais favorecidas, são expressiva minoria.
Esse negócio de que GD é coisa de rico não cola mais, arrumem outro discurso pois este não faz mais sentido.Ative para ver a imagem maior.
Via Linkedin Daniel Lima -Presidente | Associação Norte e Nordeste de Energia Solar- ANNESOLAR
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