A energia solar ganha cada vez mais espaço e confiança entre os brasileiros. É a terceira maior fonte na matriz elétrica nacional, perdendo apenas para a hídrica e a eólica.
Um estudo feito no ano passado pela Bloomberg New Energy Finance previu que a energia fotovoltaica chegará à liderança entre todas as matrizes energéticas do país até 2050. A projeção indica que, daqui a 28 anos, 32% de toda a energia consumida no Brasil virá do sol, enquanto que 30%, terá origem hídrica.
“A fonte solar é cada vez mais competitiva, e é um equipamento que se instala muito rapidamente. Isso faz da energia solar um importante vetor de crescimento do país”, afirma o diretor da Absolar, Carlos Dornellas.
No total, a energia solar corresponde a 8,1% da matriz energética brasileira, com cerca de 16,4 gigawatts (GW). Recentemente, a fonte fotovoltaica ultrapassou o gás natural (16,3 GW) e a biomassa (16,3 GW) no ranking de valores da capacidade instalada no Brasil, que podem ser encontrados, tanto em grandes usinas (geração centralizada), quanto em residências (geração distribuída).
Outra vantagem do crescimento da energia fotovoltaica é a geração de trabalho. De acordo com a Absolar, 492,4 mil empregos foram criados com a expansão do setor, sem contar os diversos benefícios para o meio ambiente. A associação estima que a produção de 24,6 milhões de toneladas de CO2 foi evitada pela energia solar. “Realmente é um conjunto de fatores que nos fazem acreditar que a projeção da Bloomberg vai acontecer e, de preferência, em um menor tempo”, disse Dornellas.
Conta mais baixa
Em Formosa (GO), a 80km de Brasília, o advogado Sandro de Almeida Rodrigues, 43, decidiu, há três anos, instalar placas fotovoltaicas na casa e na fazenda. Na época, ele pagava em torno de R$ 400 na conta de luz e, com a mudança, esse valor recuou para cerca de R$ 100. “Consegui colocar na fazenda da minha mãe e na casa de alguns tios essa instalação fotovoltaica. Há mais de três anos que tenho essa experiência, foi uma das melhores coisas que eu coloquei em casa”, afirmou.
Para o diretor da Absolar, a competitividade da fonte solar e fotovoltaica deve-se à redução nos custos da instalação, que ainda pode ser a maior dificuldade, alinhada com a posição geográfica favorável do país, que recebe altos níveis de radiação solar durante o dia. “A tecnologia, hoje, é mais acessível. E temos capacidade de gerar energia solar Brasil afora, o que é muito interessante”,
avaliou.
Fonte: Correio Braziliense
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