“TAXAR O SOL NÃO”​ NÃO É FAKE, É A PURA VERDADE

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De acordo com o Sistema de Registro de Geração Distribuída (SISGD) da Aneel, em dezembro de 2020, as 340 mil usinas, que atendem 430 mil Unidades Consumidoras (UCs) espalhadas por mais de 5.100 municípios brasileiros, alcançaram juntas 4.3 GW de potência instalada. Em cima dos números coletados no SISGD, faço as seguintes reflexões:

1. A GD efetivamente é composta por pequenas usinas espalhadas por quase todos os municípios brasileiros, mas atende apenas 0,51% do universo de 85 milhões de UCs brasileiras

2. As usinas com até 1 MW de potência, representam 95% da potência total instalada de GD. São cerca de 332 mil usinas espalhadas por 5.096 municípios brasileiros;

3. Cerca de 3.4 GW ou 80% da potência instalada em GD, são provenientes de usinas que geram energia nos telhados ou terrenos junto a própria UC, ou a carga e ao consumo, e, em virtude disso, não utilizam e nem oneram a rede elétrica de energia;

4. Aproveita-se para esclarecer que está errada a afirmação de que a energia não consumida no local de geração fica armazenada na rede ou no fio, pois a rede ou o fio não possuem propriedade de armazenamento. Na verdade, a energia gerada pelas usinas em GD e não consumidas pela própria UC, é exportada graciosamente para a rede da distribuidora e é consumida pelas UCs adjacentes, gerando com isso uma receita extra para as distribuidoras, já que está energia exportada (créditos de energia) podem ser devolvidos em até 60 meses para a UC geradora;

5. As usinas que atendem as classes Residencial e Comercial, em baixa tensão (Grupo B), representam 75% da potência total implantada de GD, e pagam em média R$ 0,72 por kWh de energia;

6. Os 4.3 GW de potência instalada de GD, representam um acréscimo de 645 milhões de kWh, todos os meses injetados na rede elétrica brasileira. O cálculo é simples: 4.300.000 kW x 5 horas x 30 dias = 645.000.000 kWh/mês;

7. Considerando apenas as usinas que geram junto a carga e atendem UCs do Grupo B, podemos valorar a energia injetada mensalmente na rede da seguinte forma: 645.000.000 kWh x 75% x R$ 0,72 = R$ 348.300.000,00 ao mês;

8. As perdas (técnicas e não técnicas) no sistema elétrico brasileiro representam 30% do que foi gerado pelas usinas centralizadas;

9. Sendo assim, pode-se calcular o que está sendo evitado de perdas com as usinas em GD que geram junto a carga e atendem apenas as Classes Residencial e Comercial, utilizando-se da seguinte fórmula: Valor da Energia Injetada x percentual de perdas = R$ 348.300.000,00 x 30% = R$ 104.490.000,00;

10. Chegamos a conclusão, que são evitadas perdas no sistema elétrico com a GD de aproximadamente R$ 105 milhões ao mês, ou cerca de R$ 1,3 bilhões ao ano.

11. Taxar o SOL é um verdadeiro absurdo.

Foto do perfil de Daniel Lima - Diretor RDSOL
Daniel Lima – Diretor RDSOL- Presidente Associação Nordestina de Energia Solar- ANESOLAR

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