Tinta solar é mais uma fonte de energia limpa e ainda mais barata que está sendo desenvolvida para um futuro em que cada vez mais precisamos de energias renováveis

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A busca por fontes de energias mais limpas e baratas está cada vez mais comum no planeta. Afinal, é de suma importância para o futuro da humanidade que cada um pratique ações sustentáveis. E aqui no Brasil o que embala essa procura é da escalada de preços na conta de luz.

As energias renováveis são oriundas de fontes inesgotáveis como vento e a luz natural que são captadas por painéis. Esses painéis são instalados nos telhados dos imóveis ou agrupados nas chamadas fazenda solares. Mas outra alternativa dentro dessa modalidade se apresenta para um futuro próximo: a tinta solar.

A tinta solar está sendo estudada e desenvolvida por pesquisadores de vários centros de pesquisas do planeta. A aplicação seria simples, no telhado ou nas paredes, assim como uma tinta de parede convencional.

A princípio, a tinta solar para geração de energia só tem a função de ser complementar, pois ainda não tem o mesmo desempenho que os painéis solares. Sua capacidade atual é de apenas 3% a 8% de energia solar que incide na superfície pintada.

Vídeo: Como gerar energia utilizando uma TINTA SOLAR

De toda forma, essa tinta solar não é amplamente vendida. Só se tem o registro da empresa SolarPaint, em Tel Aviv, capital de Israel, no Oriente Médio. Lembrando que além da tinta, é necessário a instalação dos equipamentos que conduzem a energia gerada até o local de consumo.

No entanto, a intenção dos especialistas é que a tinta solar tenha potência capaz de abastecimento em larga escala. Por isso, três tipos desse material de captação de energia fotovoltaica estão em desenvolvimento.

Tinta Solar no embalo da alta procura e geração de energia fotovoltaica

Ser consumidor de energia solar é algo cada vez comum no mundo. E como citamos acima e vamos ainda nos aprofundar mais neste artigo, o Brasil segue a moda, ainda que mais por necessidade do que consciência ambiental.

Portanto, entendemos que esse é um mercado que inevitavelmente vai ganhar muito mais corpo na sociedade e espaço nas casas e comércios no Brasil e no mundo. E a tinta solar deve chegar num futuro próximo, já no embalo de outras modalidades do tipo ou como uma revolução.

Mas em que pé estão os estudos? Basicamente três tipos de tinta solar estão sendo trabalhadas pelo mundo para amplo comércio. São elas: a tinta solar que produz hidrogênio, a tinta solar chamada de “tinta fotovoltaica em nano escala” e a denominada tinta “Solar Perovskite”.

Vamos detalhar cada uma delas agora:

Tinta solar com hidrogênio

tinta solar que produz hidrogênio foi criada no Royal Melbourne Institute of Technology, na Austrália. Sua função não utiliza apenas a luz solar, mas também a umidade que o sol produz na evaporação de água.

A tinta coleta o vapor de água do ar e gera eletricidade. Nela, existe uma mistura de compostos, permitindo que a tinta atue como um semicondutor para catalisar os átomos de água em hidrogênio e oxigênio usando a energia da luz solar a água do ar.

No mais, essa tinta solar é composta por óxido de titânio, também encontrada em tintas de parede convencionais que você utiliza no acabamento ou reforma de sua casa ou negócio.

Tinta fotovoltaica em nano escala

tinta fotovoltaica em nano escala foi criada por pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, com o objetivo de aumentar a eficiência das células solares em até 11%. Nela, existe a funcionalidade de semicondutores em nano escala embutidos em um absorvedor de fótons.

Na prática, a ideia é que as células solares sejam pulverizadas em superfícies flexíveis ou imprimam pontos sensíveis ao sol. Assim, a tinta poderia ser aplicada em superfícies não regulares, como asas de avião. Imagine.

Tinta Solar Perovskite

A tinta tem esse nome em referência ao mineralogista russo Lev Perovskite. Essa tinta capaz de gerar energia elétrica contém estruturas de cristal capaz de serem semicondutores de energia.

Esses cristais semicondutores, batizados de “perovskitas”, pois foram descobertas em 1839 por Lev Perovskite, são absorvente de luz, capaz de converter a luz solar em energia elétrica.

Em 2014, pesquisadores da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, criaram moléculas solares à base de perovskitas em forma líquida, que pode ser aplicada através do método de spray.

Ou seja, essa tinta solar teria capacidade bem menor de desperdício e fácil aplicação em qualquer superfície. Por isso, essa fórmula também é chamada de células de spray.

E no Brasil? Existem estudos para o desenvolvimento de tintas fotovoltaicas?

Seria inevitável que o Brasil estivesse na corrida para o desenvolvimentos de tintas fotovoltaicas. Afinal, o país tem um grande potencial na geração de energia solar. E o número de adeptos e investidores nessa modalidade só cresce.

Desde agosto de 2012, a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), no estado de Santa Catarina, já investiu cerca de R$ 1 milhão em estudos em tinta solar.

A verba investida foi para aquisição de materiais e equipamentos para atuação dos pesquisadores como glovebox, microscópio de força atômica e potenciostato.

O processo de desenvolvimento da tinta fotovoltaica se deu com um rigoroso processo de discussões de estratégias entre doutores, mestres e engenheiros; diversos estudos de viabilidade, pesquisas, testes em laboratórios e reuniões de resultados com as empresas financiadoras.

“Tinha um grupo trabalhando no desenvolvimento do material fotovoltaico. Nós tivemos um grupo no desenvolvimento do componente do sistema e um terceiro trabalhando unicamente na avaliação do protótipo”.

Detalha o prof. dr. Luciano da Silva, coordenador do projeto

Já o professor doutor Marcos da Silva Paula, explica que os trabalhos de desenvolvimento da tinta fotovoltaica requer protocolos e monitoramentos.

“Foi estabelecido um protocolo, seguido à risca durante todo o desenvolvimento. Nesse protocolo consistiu desde o desenvolvimento do material foto sensível, todos os seus incopostos e intermediários, incluindo a avaliação toxicológica, citotóxica, ate atingir um desenvovimento de um protótipo de uma célula solar orgânica”.

Por Prof. dr Marcos da Silva Paula, pesquisador

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