A cadeia produtiva do setor de fornecimento de geradores fotovoltaicos, conforme pode ser observado no gráfico abaixo, é formada por dezenas de fabricantes, centenas de distribuidoras e milhares de empresas integradoras.
As associações nacionais tem boa representatividade nos segmentos de Fabricantes e Distribuidoras, mas baixíssima representação na base da pirâmide que é formada por aproximadamente 20 mil micros e pequenas empresas.
A base da pirâmide é representada por associações estaduais, algumas associações regionais e apenas uma entidade nacional que é o Movimento Solar Livre, que nasceu no meio das milhares de empresas que se uniram para enfrentar uma verdadeira guerra contra a não taxação da energia solar.
Em recente pesquisa da Greener, foi identificada que a maioria das empresas integradoras preveem diminuição de vendas com a aprovação do Marco Legal da Geração Distribuída, e que o tempo de retorno do investimento (payback) em um gerador fotovoltaico irá aumentar, podendo ficar em um patamar superior a 6 anos, o que para o brasileiro é muito ruim.
Outro dado da pesquisa que nos chama atenção é que aproximadamente 80% das empresas que resolveram instalar um gerador fotovoltaico é de micro e pequeno porte, e que o custo/benefício pesa muito nessa escolha.
Sendo assim, perguntamos o seguinte:
1. Quem ganha com a taxação do sol?
2. Será que as milhares de empresas integradoras concordaram com o “Acordo” da taxação do sol?
3. Será que as associações nacionais que assinaram o “Acordo” representam efetivamente a vontade de todo o segmento?
O Senado pode mudar tudo isso, acatando em parte o “Acordo” aprovado na Câmara, propondo através de emendas a não taxação do sol para os microgeradores de energia, que são os consumidores residenciais e os micro e pequenos negócios que tem na geração distribuída a única alternativa para se libertarem das altíssimas tarifas de energia praticadas no Brasil.
Presidente | Associação Nordestina de Energia Solar- ANESOLAR