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Agronegócio é aliado na transição energética

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O Estado receberá investimentos de R$ 620,8 milhões na área de concessão da distribuidora de energia

O agronegócio é base da economia de Mato Grosso do Sul e importante alavanca para o desenvolvimento nacional, que agora pode ocupar um novo espaço: o de aliado da transição energética para fontes renováveis.

Conforme a vice-presidente da Energisa e líder da (re)energisa – braço do grupo voltado às fontes renováveis –, Roberta Godoi, a perspectiva para a produção de energia em Mato Grosso do Sul é positiva.

“Vemos muito potencial para alavancar o solar, o biogás e a biomassa. O ambiente é favorável, o fato de o Estado estar fortemente ligado ao agronegócio é perfeito”.

“Porque o agronegócio, além de ser uma força motriz da nossa economia, o que já é motivo de orgulho, é também um celeiro de oportunidades, tem os resíduos da agricultura, da pecuária, resíduos de indústria, tudo isso que pode se transformar em energia”, afirmou Roberta à reportagem do Correio do Estado durante evento realizado em São Paulo na última semana, onde foi discutida a necessidade de acelerar a transição energética.

Iniciativas privadas localizadas no interior do Estado já estão investindo em usinas solares, assim como em termoelétricas a base de biomassa. Por todo o Estado, diversas propriedades rurais utilizam placas fotovoltaicas para gerar a própria energia solar.  

TRANSIÇÃO

A porta-voz do grupo disse que o debate ainda é recente, mas que é uma realidade não muito distante e que a concessionária de energia está interessada.

“É um debate que está no começo, e eu tenho certeza de que o Centro-Oeste e Mato Grosso do Sul serão ponta de lança, e a gente vai participar disso”, afirmou Roberta.

Atualmente, conforme os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Mato Grosso do Sul é o 11º na geração solar distribuída, com potência instalada de 354,9 megawatt (MW).

A matriz energética do País ainda tem sua maior parte movida a fontes hídricas (54,3%), seguida da geração eólica (10,7%), gás natural (8,1%), biogás e biomassa (7,9%) e geração solar (7,6%).

A transição energética é o conceito que envolve mudanças estruturais nas matrizes energéticas dos países, migrando de um modelo majoritariamente baseado em combustíveis fósseis para uma matriz cada vez mais focada na geração de energia por fontes renováveis – solar fotovoltaica, eólica, biomassa, por exemplo.

INVESTIMENTOS

Segundo dados da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul), no primeiro trimestre de 2022, as exportações do agronegócio de Mato Grosso do Sul superam US$ 1,7 bilhão, um crescimento de 52,45% em relação ao mesmo período de 2021, e respondeu por 97,33% de tudo que o Estado exportou.

Além disso, em estudo divulgado recentemente, a consultoria MB Associados, colocou o Estado como o que mais deve crescer em um período que compreende 2020 até o fim de 2022. Serão 4,9% até o fim do ano.

Só em 2022, MS terá alta projetada do PIB em 1,4%. Segundo do País atrás de Tocantins, com projeção de 1,7%.

Para este ano, a Energisa realizará investimentos de R$ 620,8 milhões na área de concessão da distribuidora em Mato Grosso do Sul. A quantia é 27% superior à cifra estimada para 2021.

Ao todo, o Grupo Energisa prevê investimentos de R$ 5,6 bilhões para este ano. Este é o maior aporte na história da empresa em um ano.

Desse montante, serão R$ 3,8 bilhões destinados às concessionárias de energia e R$ 362 milhões aos empreendimentos de transmissão.

ILUMINA PANTANAL

O projeto Ilumina Pantanal foi escolhido no Solar & Storage Live 2021 como o melhor projeto de energia solar do mundo, na categoria Projeto Internacional Solar, promovido pela Associação Internacional de Produtores de Energia Solar.

Com o projeto, até o fim do ano vigente, 2.090 famílias que moram na região do Pantanal serão atendidas com painéis solares e bateria para geração de energia elétrica.

O objetivo é promover energia com preservação do bioma, que é patrimônio natural da humanidade. A iniciativa começou a ser idealizada em 2014 e conta com um investimento de R$ 133,9 milhões.

A iniciativa é uma parceria da Energisa, com o Laboratório de Tecnologia e Gestão de Negócios da Escola de Engenharia da UFF (Latec), a Eletrobras, o Ministério de Minas e Energia, a Aneel e o Concen.

Para a líder da (re)energisa, o investimento no projeto é parte da mostra de interesse que a concessionária tem em Mato Grosso do Sul.

“O Ilumina Pantanal faz parte das iniciativas para alavancar a energia solar em MS. Nós decidimos ir para o Estado com a nossa solução de Energia fotovoltaica”.

Para o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, o projeto reflete a política de desenvolvimento sustentável implantada pelo governo do Estado para Mato Grosso do Sul.

“Ele segue o conceito do programa Estado Carbono Neutro, trazendo uma fonte de energia limpa e renovável que vai promover um salto na qualidade de vida da população de toda a região pantaneira, além de ganhos significativos para as atividades econômicas das comunidades ribeirinhas e de produtores rurais”.

Dados da Associação Movimento Solar Livre mostram que em 2020 foram instaladas 7.720 placas fotovoltaicas em Mato Grosso do Sul, aumento de 87% em relação a 2019, ano em que foram 4.122 unidades instaladas. 

Fonte Correio do Estado

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