A iniciativa pretende tornar a comunidade mais sustentável, reduzir os riscos de acidente com energia elétrica e gerar economia no custo mensal das contas de luz
O Favela 3D, um projeto proprietário da ONG Gerando Falcões, criou uma iniciativa de implementar energia solar na Favela Marte, em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. A iniciativa propõe a transformação de comunidades em locais dignos, desenvolvidos e digitais.
“O intuito do programa é melhorar a qualidade de vida dos moradores, trazendo a dignidade e o empoderamento da favela para acabar com a pobreza nesses locais. Não podemos falar em desenvolvimento, sem pensar na questão de sustentabilidade.”, diz Beatriz Ribas, gerente de projetos do Favela 3D.
Na ação, a comunidade será mobilizada para implementar as placas de energia solar – que serão doadas e instaladas pelo Banco BV e pelo Meu Financiamento Solar, fintech de crédito para energia solar.
O projeto não visa apenas que uma empresa parceira instale os painéis, mas, sim, que a ação faça a economia girar, capacitando moradores e contratando pessoas para o mutirão de instalação, gerando emprego e renda dentro da própria comunidade.
A parceria entre o BV e a ONG Gerando Falcões surgiu em 2020, durante a pandemia e, juntos, já realizaram diversas ações em comunidades do Brasil, como auxílio a doação de cartões alimentação; oferta de recursos para o programa Bolsa Digital; jovens da ONG participam do processo seletivo para atuarem como jovens aprendizes no BV; e também já instalaram 54 placas solares com o intuito de trazer redução na conta de luz do projeto.
Ao todo, duzentas e quarenta residências serão contempladas para a instalação de placas solares. “Além de prevenir riscos de acidentes provocados por ligações de energia elétrica feitas clandestinamente, os painéis poderão gerar uma economia de 95% do custo mensal na conta de luz das famílias, totalizando uma redução de R$4 mil a R$6 mil por ano”, defende Beatriz.
A Favela Marte foi escolhida como projeto-piloto devido às características sociais e territoriais, onde foi possível a Favela 3D coletar as primeiras impressões da iniciativa e ter aprendizados para a escalabilidade. Além disso, a atuação de parceiros da ONG no local e a participação e o interesse do poder municipal foi um fator crucial.
O Favela 3D procura expandir essa iniciativa para mais de 300 favelas no Brasil afora. “Além de levar conosco os aprendizados e a experiência do projeto-piloto, também mobilizaremos parceiros da iniciativa privada e pública para dar seguimento ao programa em outras comunidades”, explica Beatriz.
O Instituto “Valquírias World”, uma organização social que já atua na cidade há mais de 10 anos, oferecendo qualificação profissional, oficinas de cultura e esporte para crianças, com foco principal no empoderamento e na emancipação de mulheres, é a ONG que atua e implementa a metodologia do Favela 3D com os moradores da comunidade.
Fonte: casa e Jardim
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