Li em uma reportagem que, “Em ofício enviado ao Ministério de Minas e Energia (MME), a ANEEL diz que a energia solar no MCMV tem “potencial impacto” anual de R$ 1 bilhão nas tarifas dos consumidores atendidos pelas distribuidoras.”
Se o envio desse ofício for verdade, a atitude da Aneel é no mínimo “estranha”, para não citar outros adjetivos menos felizes.
A Aneel deveria ter como missão principal perseguir a modicidade tarifária em benefício de toda a população brasileira.
Todos sabem que a conta de energia tem um peso maior na renda das famílias mais pobres.
Todos sabem que 30% das famílias das classes menos favorecidas vivem em pobreza energética, que é quando se deixa de comprar comida para pagar a conta de energia.
Todos sabem que apenas de 2018 para cá, foram gastos perto de R$ 20 bilhões com os subsídios referentes a tarifa social.
Todos sabem que esses subsídios compõem a Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, e que quem paga esses subsídios são os demais consumidores de energia.
Todos sabem que, só este ano, a CDE impactará em cerca de 14% do valor das tarifas de energia.
Todos deveriam saber que uma das soluções para diminuir os subsídios da tarifa social, é oportunizando a geração distribuída de energia para as mais de 6 milhões de famílias do Minha Casa Minha Vida (MCMV) que recebem a tarifa social.
Todos deveriam saber que todo real investido em geração distribuída no programa MCMV, representará um real a menos de subsídios à tarifa social, reduzindo assim o valor dos subsídios da CDE, bem como o impacto da CDE na conta de energia de todos os brasileiros.
Esse negócio que os demais consumidores pagarão a conta é discurso daqueles que odeiam a modicidade tarifária, odeiam a geração distribuída de energia, como também, odeiam a democratização do setor elétrico brasileiro.
Para esses afirmo o seguinte, vão ter que engolir a GD!!!
Daniel Lima -Presidente | Associação Nordestina de Energia Solar- ANESOLAR
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