Encontros nacionais, participações em eventos de alto nível e almoço com presidenciaveis marcam a agenda das associações nacionais que “supostamente representam” as quase 20 mil empresas integradoras que atuam na base da pirâmide da cadeia produtiva da energia solar fotovoltaica no Brasil.
O supostamente cai muito bem nesse post, em virtude dessas associações nacionais terem assinado um “Acordo” com o governo e a Câmara dos Deputados, onde aceitaram como vontade comum do segmento a taxação do sol para todos os usuários da geração distribuída de energia.
Isso mesmo, até para os que usam a rede de distribuição para ceder gratuitamente energia as distribuidoras de energia, terão que pagar.
A dona Maria e o seu José, aqueles que irão investir, muitas vezes, todas as suas economias para se protegerem dos abusivos aumentos na tarifa de energia, terão que pagar no mínimo 28% do que gerarem em eletricidade para o Sistema.
Isso é um descalabro, é tirar dos mais pobres para concentrar nas mãos de empresas bilionárias, em sua maioria não brasileiras.
Acredito que é hora das associações nacionais refletirem no estrago que causaram e, perceberem, que ainda há tempo para mudanças. O PL ainda se encontra para votação no Senado.
Ou, no mínimo, reconhecerem que lhes faltam representatividade para definirem o rumo de um setor que hoje é composto por milhares de micros e pequenas empresas.
As associações estaduais e as associações regionais, que efetivamente representam a base da pirâmide precisam ser ouvidas e consultadas sobre decisões que afetarão o futuro de milhares de famílias que apostaram todas as fichas nesse segmento.
Os encontros, eventos e almoços deveriam focar também, no que realmente importa para o setor, que é assegurar para todos os brasileiros energia limpa, distribuída e barata.
Vamos deixar o sol nascer para todos…
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