Movimento Solar Livre

COP30: ASPER reforça liderança na defesa da segurança jurídica e inovação energética no Pará

COP30: ASPER reforça liderança na defesa da segurança jurídica e inovação energética no Pará

ASPER lidera painel estratégico na COP30 e reforça o protagonismo do Pará na transição energética

A COP30, realizada em Belém, tem sido palco de grandes debates essenciais sobre o futuro da energia no Brasil e no mundo. Entre os destaques, está o painel conduzido pela ASPER — Associação Paraense De Energias Renováveis, entidade que integra a Coalizão das Frentes Estaduais e representa oficialmente o Movimento Solar Livre no Pará.

Sob a liderança do presidente Nixon Girard e com forte atuação de João Paulo Dantas, a ASPER mostrou maturidade técnica, capacidade de articulação e profundo compromisso com a democratização da energia limpa. O encontro trouxe reflexões importantes e encaminhamentos concretos que podem mudar a realidade da geração distribuída (GD) no estado e inspirar avanços em todo o país.

1. Geração Distribuída como pilar da transição energética

O painel reforçou o papel estratégico da GD na transição energética, evidenciando como esse modelo de produção descentralizada:

  • democratiza o acesso à energia limpa

  • fortalece a liberdade energética

  • descentraliza a matriz elétrica

  • permite que pequenos e grandes consumidores gerem sua própria energia com segurança jurídica

A GD é hoje um dos maiores instrumentos de autonomia do consumidor, desenvolvimento regional e inclusão energética — um caminho sem volta para um futuro mais sustentável.

2. Segurança jurídica e proteção ao investimento

Um dos pontos centrais do debate foi a urgência em garantir segurança jurídica aos consumidores e investidores do setor solar.
Entre as preocupações apresentadas, destacou-se:

  • a cobrança de ICMS sobre créditos de energia, prática comum nos estados atendidos pelo grupo Equatorial

  • a ausência de posicionamento da Secretaria da Fazenda sobre o ofício protocolado pela ASPER

O deputado Fábio Freitas se comprometeu publicamente a cobrar um posicionamento formal da SEFA, reforçando a importância do diálogo entre governo e setor produtivo.

A estabilidade regulatória é essencial para preservar investimentos já realizados e encorajar novos projetos — especialmente em um estado com enorme potencial solar como o Pará.

3. Infraestrutura elétrica e o desafio das renováveis

Com o avanço das fontes renováveis, surge a necessidade de preparar a infraestrutura elétrica.
No painel, ficou claro que:

  • a rede atual ainda não está totalmente preparada para lidar com grandes volumes de energia intermitente

  • o armazenamento de energia será peça-chave para equilibrar a demanda, especialmente nos horários de pico

Armazenar energia gerada durante o dia para usar à noite ou em horários de alta demanda é a solução que permitirá ao Pará avançar em larga escala na transição energética.

4. Mobilidade elétrica: oportunidade e responsabilidade

Outro ponto discutido foi a crescente mobilidade elétrica no Pará.
A recente medida do governo estadual, concedendo isenção de IPVA para veículos elétricos, foi reconhecida como positiva, mas também como um alerta:

  • o aumento de veículos elétricos exigirá maior robustez da rede

  • será preciso planejamento energético para evitar sobrecarga e garantir eficiência

  • o armazenamento de energia novamente se apresenta como a solução estruturante

A mobilidade elétrica é um caminho natural da modernização, mas precisa caminhar de mãos dadas com infraestrutura e políticas públicas sólidas.

5. Compromisso legislativo para impulsionar o setor

Reconhecendo o potencial do Pará em liderar tecnologias de energia limpa, o deputado Fábio Freitas anunciou seu compromisso em elaborar um Projeto de Lei pioneiro para incentivar o armazenamento de energia no estado.

Essa iniciativa coloca o Pará na rota da inovação e pode transformá-lo em referência nacional na adoção de tecnologias de armazenamento — hoje consideradas fundamentais para redes modernas e inteligentes.

O painel reforçou que o futuro da energia passa por três pilares fundamentais:

  • geração distribuída

  • armazenamento de energia

  • segurança jurídica e políticas públicas estáveis

A atuação da ASPER na COP30 marcou um capítulo importante para o Pará e para o Brasil.

O Pará tem condições de liderar a nova era da energia solar distribuída — e a ASPER, como braço da Coalizão / Movimento Solar Livre no estado, segue firme, técnica e estrategicamente preparada para essa missão.