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Equidade de Gênero no Setor de Energia: Brasil é Destaque em Estudo Internacional

Equidade de Gênero no Setor de Energia: Brasil é Destaque em Estudo Internacional

Avanços e desafios na equidade de gênero no setor de energia: Brasil como referência

Recentemente, o Ministério de Minas e Energia (MME) lançou um estudo muito relevante durante o III Seminário de Gestão Estratégica de Diversidade, Equidade e Inclusão: trata-se da análise “Integração do Componente de Gênero nas Políticas do Setor de Energia nos Países do G20”.

O estudo, desenvolvido em parceria com a Alemanha e coordenado pela Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento, traz um panorama das políticas públicas voltadas para a equidade de gênero no setor energético, apontando boas práticas e desafios ainda existentes. Quatro áreas principais foram abordadas: empoderamento econômico, acesso à energia, representação política e setorial, e integração de gênero nas políticas públicas.

Apesar de avanços em muitos países do G20, os números mostram que ainda há um grande desequilíbrio: menos de 25% das pessoas empregadas no setor de energia são mulheres — e apenas uma em cada cinco está em cargos de liderança. Além disso, a diferença salarial entre homens e mulheres no setor chega a 11%.

Entre as boas práticas citadas, o Brasil se destacou com o COGEMMEV — Comitê Permanente para Questões de Gênero, Raça e Diversidade do MME e Entidades Vinculadas — reconhecido como exemplo internacional na promoção da equidade. O comitê, que reúne 15 instituições do setor eletroenergético e mineral, atua desde 2004 com foco em políticas inclusivas e ações práticas, como debates e projetos internos.

Outro destaque brasileiro foi o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça, do Ministério das Mulheres, listado como uma ferramenta eficaz de monitoramento e certificação.

Esse tipo de iniciativa mostra a importância de pensar a transição energética não apenas como uma mudança tecnológica, mas como uma oportunidade para promover justiça social e inclusão. Que mais setores sigam esse exemplo!

Por : Movimento Solar Livre