Movimento Solar Livre

Movimento reúne mais de 40 empresas em prol da proteção aos consumidores catarinenses

Santa Catarina deu um passo importante em defesa dos consumidores de energia solar. Nesta segunda-feira (28/04), às 14h, foi lançada oficialmente, no auditório da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), a Frente Catarinense de Geração Distribuída. A nova frente estadual nasce com o objetivo de proteger os direitos dos usuários de sistemas fotovoltaicos e impulsionar a geração distribuída como instrumento de desenvolvimento econômico, social e educacional no estado.

O evento de fundação reuniu representantes de mais de 40 empresas do setor, demonstrando a força e a mobilização crescente em torno do tema. A cerimônia foi aberta pelo deputado estadual Alex Brasil, um dos principais defensores da energia solar na Assembleia, e conduzida por Hewerton Martins, presidente do Movimento Solar Livre (MSL) — entidade nacional reconhecida por liderar ações estratégicas em defesa da geração distribuída em todo o país.

Durante a solenidade, foram apresentados planos estruturantes para atuação imediata em duas frentes: estadual e federal. Entre os próximos passos, destaca-se a participação ativa da Frente na audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico, em Brasília, no dia 6 de maio de 2025, onde representantes catarinenses acompanharão os parlamentares do estado na defesa da pauta da geração distribuída.

Com o lançamento da Frente Catarinense, a Coalizão Aliança Solar — movimento coordenado pelo MSL — atinge a marca de 16 unidades federativas (15 estados mais o Distrito Federal) organizadas em prol da geração de energia limpa e descentralizada.

A criação da Frente Catarinense acontece em um momento de grande preocupação para os consumidores de energia solar no estado. Atualmente, diversos usuários relatam graves dificuldades com a CELESC, concessionária estadual de energia, após a troca do sistema de billing — responsável pela contabilização e emissão das faturas de energia elétrica.

Entre os problemas registrados estão o desaparecimento de créditos de energia gerados por sistemas fotovoltaicos e, ainda mais preocupante, a atribuição indevida de créditos de clientes com maior geração para clientes com pequenos sistemas, que passaram a receber volumes desproporcionais de créditos.

Esse cenário não apenas prejudica financeiramente os consumidores legítimos, como também compromete a confiabilidade do sistema de compensação de energia e expõe a concessionária e o Estado ao risco de uma série de ações judiciais, movidas tanto por consumidores quanto por empresas do setor.

A estrutura jurídica e institucional da Frente Catarinense de Geração Distribuída será apresentada nos próximos dias. A Frente será formalizada como uma entidade associativa legítima em sua composição e propósito, fortalecendo sua representatividade na defesa dos direitos dos consumidores e das empresas de energia solar, que geram milhares de empregos e movimentam a economia em Santa Catarina. Essa formalização visa garantir maior capacidade de articulação, transparência e legitimidade nas ações de defesa do setor.

Diante dos desafios atuais, a Frente pretende atuar de forma incisiva junto a órgãos reguladores, legisladores e à sociedade civil para assegurar o respeito aos direitos dos consumidores, promover o fortalecimento da geração distribuída e fomentar o desenvolvimento sustentável no estado.

Além da defesa técnica e jurídica dos consumidores, a Frente também irá trabalhar pela conscientização pública sobre os benefícios da geração distribuída, o incentivo à adoção de novas tecnologias e a criação de políticas públicas que ampliem o acesso dos catarinenses à energia solar como instrumento de geração de renda, educação e desenvolvimento regional.

Fonte: Canal Solar

Redução de chuvas na transição para período seco do ano alteram a bandeira para o mês de maio

Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anuncia nesta sexta-feira (25/4) que a bandeira tarifária para maio de 2025 será amarela. Isso significa que os consumidores de energia elétrica terão custo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. O anúncio ocorreu devido a redução das chuvas em razão da transição do período chuvoso para o período seco do ano.  As previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ficaram abaixo da média. 

Desde dezembro de 2024, a bandeira tarifária permanecia verde, refletindo as condições favoráveis de geração de energia no País. Com o fim do período chuvoso, a previsão de geração de energia proveniente de hidroelétrica piorou, o que nos próximos meses poderá demandar maior acionamento de usinas termelétricas, que possuem energia mais cara. 

Implementado pela ANEEL em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias é uma ferramenta essencial de transparência, permitindo que os consumidores acompanhem, mês a mês, as condições de geração de energia no País. 

Com o acionamento da bandeira amarela, a ANEEL reforça que é crucial manter bons hábitos de consumo para evitar desperdícios e contribuir para a sustentabilidade do setor elétrico. 

Saiba mais sobre as bandeiras tarifárias (vídeo exibido no canal da Agência no YouTube).

Fonte: Governo Federal.

Durante o encontro, os participantes debateram ações estratégicas relacionadas ao Projeto de Lei 624, que atualmente tramita no Senado Federal

A Associação Potiguar de Energias Renováveis (APER) esteve presente, nessa quarta-feira (23), em uma importante reunião, em Fortaleza, com o presidente do Movimento Solar Livre, Hewerton Martins, e com presidentes regionais da Intersolar Nordeste.
Durante o encontro, os participantes debateram ações estratégicas relacionadas ao Projeto de Lei 624, que atualmente tramita no Senado Federal e pode impactar diretamente o setor de energia solar no Brasil. A proposta legislativa tem sido acompanhada de perto por entidades e lideranças do setor, que buscam garantir avanços na regulamentação e fortalecimento da geração distribuída.

Para o presidente da APER, Williman Oliveira, a reunião representou um passo importante na articulação entre instituições e empresas da cadeia fotovoltaica. “Foi um momento essencial para alinhar esforços e fortalecer ainda mais o setor de distribuição de energia solar, que vem ganhando espaço e se consolidando como um pilar da transição energética no país”, afirmou.

A APER segue comprometida com o desenvolvimento sustentável e com a defesa de políticas públicas que incentivem o uso de fontes renováveis no Rio Grande do Norte.

Ainda é cedo para mensurar os reais impactos do tarifaço de Donald Trump na transição energética global, mas já é inegável que esse será um jogo de perde-perde.

A questão é que se existe um antídoto para combater as mudanças climáticas, este seria, sem dúvida, a transição para uma energia limpa. Mas sempre que se colocam sobretaxas em cima de equipamentos, insumos ou tecnologias, a conta pesa.

E se nessa queda de braço, existe um Golias contra um oponente franzino, a batalha é inglória. Salvo o grande feito de Davi, claro.

Deixando as analogias um pouco de lado, vamos analisar o que muda na prática para o Brasil, desde sempre um país solar, no emprego, por exemplo, das placas solares.

Uma fonte de energia renovável obtida diretamente do sol e que já vem se tornando uma das principais matrizes energéticas de países como o Brasil e a China.

Por falar no dragão chinês, que cuspiu fogo ao ser alvo de novas tarifas dos EUA que chegam a 34%, há quem diga que toda essa pressão deve acelerar uma tendência que já é possível de se observar, inclusive no Brasil. A China deverá exportar mais tecnologia limpa para países de baixa e média renda.

Isso porque grande parte das baterias usadas no armazenamento de energia solar são fabricadas pela China, incluindo veículos elétricos, turbinas eólicas e os próprios painéis solares.

Na ponta do lápis, o investimento para empresas e consumidores que recorriam à energia solar já estava valendo a pena.

Isso porque nos últimos anos houve um barateamento nos custos de material para a instalação de placas solares e, se antes demorava cerca de 5 anos para o sistema “se pagar”, agora em apenas 3 anos ou menos já é possível obter o retorno de um investimento que a longo prazo gera ainda mais economia.

Mesmo em uma casa equipada com geladeira, piscina aquecida, carro elétrico… A colocação de placas solares tem se mostrado uma tendência e chamado a atenção pela possibilidade de armazenamento de energia mesmo durante à noite ou em dias nublados.

Apesar, é claro, do chamado banco de baterias ser ainda um tanto oneroso, ficando longe da realidade da maioria da população brasileira que sonha com a liberdade energética que tal recurso poderia proporcionar.

O aumento do dólar é outra preocupação, uma vez que ainda somos dependentes da importação americana em diversos setores, e a energia solar, mesmo sendo abundante por aqui, pode sofrer as consequências em meio a essa guerra comercial.

Sem causar alardes, vamos por ora manter o otimismo e cobrar dos governantes mais investimentos e menores taxas para que a luz, que nesse caso não vem do fim do túnel, possa iluminar nossas futuras moradias, fazendas ou empresas.

Para esclarecer melhor sobre a relação da instalação de placas solares com o chamado Payback, ou seja, o indicador financeiro que calcula o tempo necessário para recuperar o investimento inicial, o Blog Fiscal do Clima conversou com o engenheiro de energia e mestre em engenharia civil Lucas Parmigiani.

Veja a Entrevista no Link https://youtu.be/crudZVXezSE

Fonte: R7