Movimento Solar Livre

Energia Solar no Piauí: Justiça Derruba ICMS, Mas Cobrança Continua

Energia Solar no Piauí: Justiça Derruba ICMS, Mas Cobrança Continua

Crise do ICMS no Piauí: Justiça determina suspensão da cobrança, mas governo e Equatorial ignoram decisão — Frente Piauiense lidera luta pela legalidade

A cobrança indevida de ICMS sobre a energia solar no Piauí se tornou um dos episódios mais graves de desrespeito à legislação e aos consumidores do setor elétrico no estado. Mesmo após decisão judicial clara, firme e amplamente divulgada, o Governo do Piauí e a Equatorial seguem descumprindo a determinação do Tribunal de Justiça — obrigando consumidores a continuarem pagando um imposto considerado ilegal.

À frente dessa batalha está Marco Melo, presidente da Frente Piauiense de Geração Distribuída, que vem atuando de maneira incansável para garantir que o direito dos piauienses seja respeitado.

Decisão do TJ-PI suspende cobrança de ICMS sobre a energia solar

No julgamento da ADI nº 0754182-43.2025.8.18.0000, a maioria dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Piauí votou pela suspensão da cobrança de ICMS sobre a energia excedente gerada e compensada pelos consumidores do sistema de geração distribuída.

A decisão:

  • derruba a cobrança do ICMS sobre o excedente injetado na rede

  • afirma que não há operação mercantil, portanto não existe fato gerador do imposto

  • reforça que energia excedente devolvida ao consumidor é empréstimo gratuito, não venda

  • suspende qualquer tributação até julgamento do mérito.

O relator, desembargador Sebastião Ribeiro Martins, votou pela medida cautelar e foi acompanhado por unanimidade pelos demais magistrados.

Mesmo assim, cobrança continua — e consumidores denunciam

Apesar da decisão judicial de 6 de outubro, consumidores continuaram recebendo cobranças de ICMS em suas contas. Alguns relataram valores superiores a R$ 137, claramente indevidos.

A situação piorou quando:

  • a SEFAZ-PI alegou que não cobrava ICMS sobre excedente, mas sim sobre o uso da rede (TUSD)

  • porém, a Justiça derrubou também a cobrança da TUSD

  • determinando suspensão imediata e integral de qualquer incidência de ICMS.

Diante das denúncias, a Justiça notificou novamente a SEFAZ e a Equatorial Piauí, exigindo cumprimento imediato da decisão.

Equatorial pede 60 dias para ajustar sistemas — pedido é rejeitado

A Equatorial se manifestou solicitando:

  • 60 dias para ajustar o sistema de faturamento

  • dois ciclos adicionais para devolver valores cobrados ilegalmente.

O pedido foi recusado.

A Justiça considerou a solicitação inadmissível, afirmando que:

“A suspensão deve ser cumprida imediatamente, sob pena de multa e responsabilização dos gestores.”

A luta da Frente Piauiense de Geração Distribuída

Marco Melo tem sido uma das vozes mais firmes contra a ilegalidade da cobrança. Em vídeos, notas e reuniões com autoridades, o presidente da Frente Piauiense denuncia o descumprimento da decisão judicial e aponta inconsistências na postura do governo estadual.

Ele questiona:

  • Por que o governo insiste em cobrar um imposto já suspenso pela Justiça?

  • Como um governo que se diz defensor das energias renováveis ignora justamente quem gera energia limpa no próprio telhado?

  • Por que outros estados — como Rio Grande do Norte e Goiás — já isentaram a energia solar, enquanto o Piauí segue penalizando o consumidor?

Marco alerta para o impacto econômico:

  • centenas de pequenas empresas estão ameaçadas

  • milhares de empregos dependem da Geração Distribuída

  • a economia local gira com base nesse setor

  • consumidores ficaram desprotegidos frente ao descumprimento administrativo.

“A Justiça precisa ser para todos” — Marco Melo cobra cumprimento imediato

Em suas declarações, Marco Melo reforça:

“O Tribunal já decidiu. A Equatorial e o Governo do Estado precisam cumprir. A sociedade não pode sentir que a lei vale só para o cidadão comum. Justiça é para todos — inclusive para o Estado.”

O Movimento Solar Livre mantém apoio integral à Frente Piauiense, reforçando que:

  • a cobrança é ilegal

  • a Justiça já decidiu

  • o consumidor não pode ser penalizado

  • o direito à energia limpa e justa precisa ser garantido.

Um novo capítulo decisivo para o setor solar no Piauí

A determinação do TJ-PI é clara:
não deve haver ICMS sobre a energia solar excedente gerada e compensada pelo próprio consumidor.

Agora, a sociedade aguarda:

  • cumprimento imediato da decisão

  • devolução dos valores cobrados indevidamente

  • posição clara da SEFAZ e da Equatorial

  • continuidade da pressão institucional conduzida pela Frente Piauiense.

O caso do Piauí se tornou referência nacional.

Ele demonstra:

  • a importância das Frentes Estaduais

  • o papel essencial do Movimento Solar Livre

  • e a necessidade de vigilância constante contra práticas ilegais que afetam consumidores e empresas.

A vitória judicial já existe.
Agora, é hora de fazer cumprir.

A energia solar é direito. E direito se defende.